25/07/2009

É tudo uma questão de referencial!

No outro dia o Johan contou-me uma história sobre quando estava na escola à procura do professor de Latim e como não o conseguia encontrar, pediu ajuda a um outro professor que ia a passar por ali. Depois de andarem um bocado pela escola lá encontraram a pessoa que procuravam e o professor que o ajudou a encontrar o professor de Latim disse para este último:Latim, uma língua morta. A isto, respondeu o professor de Latim: Não, a língua que nunca morre!
A expressão "língua morta" usa-se muitas vezes quando se refere ao Latim, porque já não é a língua de nenhum país e só se aprende por questões académicas; a língua está morta, porque não avança. Mas não deixa de ser verdade que nem isso faz com que ela desapareça.
É tudo uma questão de ponto de vista e nós escolhemos muitas vezes ver as coisas do confortável ângulo pessimista. É mais fácil ser um coitadinho e fazer os outros terem pena de nós do que lutar e fazer os outros terem inveja de nós.
Sim, é mais fácil. Mas é muito melhor para nós (em todos os aspectos) definir objectivos e atingir metas do que chorar pelos cantos à espera que alguém ofereça ajuda.
É claro que quando somos jovens e temos o sonho de mudar o mundo tudo parece cor-de-rosa e depois, à medida que vamos crescendo, vamos começando a pensar que se calhar somos mas é daltónicos porque afinal há muito mais cinzento do que a gente pensava.
Continua a ser uma questão de referencial, mas não deixa de ser necessário ser realista. Há que nos apercebermos que o mundo é demasiado grande e diverso para que o consigamos moldar à maneira da nossa visão.
No entanto, podemos sempre fazer algo, por mais pequeno que seja, para ajudar o planeta e as pessoas. Seja tornarmo-nos vegetarianos (como as minhas manas) ou simplesmente ir de bicicleta para o trabalho ou para a escola, todos esses pequenos gestos ajudam.
Claro que não é preciso ser extremista: se gostam de carne, sejam vegetarianos às terças e quintas feiras, por exemplo; se gostam de animais, mas não querem ir fazer manifestações para Lisboa, escolham produtos que não são testados em animais; escolham alimentos e produtos ecológicos, biodegradávieis e amigos do ambiente
quando forem às compras (há símbolos nas embalagens que indicam isso); usem sacos de papel, reusem os sacos de plástico que tenham até à exaustão e quando estiverem nas últimas usem-nos para sacos do lixo ou criem o vosso próprio saco das compras (tote bag); reciclem as vossas roupas com a ajuda da vossa imaginação (há milhentas coisas que se podem fazer, é só procurar na net) ou comprem roupas em segunda mão (eu sei que ainda não há muita lojas em Portugal, mas já começam a ser mais vulgares e encontram-se sempre coisas interessantes); se gostam de gatos ou cães, mas não podem ter um, façam voluntariado num canil ou gatil perto de onde moram; façam a lista das compras na parte de trás de papéis velhos.
São só algumas ideias, mas há muito mais que se pode fazer. Claro que quando se começa a tentar alterar velhos hábitos, há sempre alguém que faz troça ou diz que não faz sentido nenhum ou que não vale a pena. Essas ideias contrárias estarão sempre presentes mas o importante é saber que valores nos guiam e orientarmo-nos por eles.
Boa sorte para mudar o mundo à vossa volta!